domingo, 19 de julho de 2009

Diversidade etnico-racial

“Todo brasileiro, mesmo o alvo,
de cabelo louro,
traz na alma,
quando não no corpo,
a sombra,
ou pelo menos a pinta,
do indígena ou do negro...”

Gilberto Freyre, Casa Grande e Senzala


Gilberto Freyre traz nessa frase o que muitos não querem ouvir. Todos nós temos muito mais de negros e índios do que pensamos.

Depois das atividades realizadas neste semestre em relação à raça e etnia, concluo que a nossa sociedade ainda precisa aprender e muito a valorizar e respeitar todas as culturas. A escola é um espaço social onde será, para algumas crianças, local de reflexão sobre uma cultura de superioridade branca imposta há muitos anos. O termo índio, introduzido erromeamente, fez com que ocorresse anos mais tarde um gancho para que todas os seus grupos pudesses se unir e lutar para que a sua rica cultura não seja esfacelada, e sim cada vez mais respeitada, e no meu ponto de vista, vista também como exemplo de pessoas que lutam pelo que querem e dão exemplo de grupo social que foi ameaçado, e por vezes efetivamente, esmagado por uma cultura e modo de vida competamente diferente do que eram acostumados e ainda assim até hoje estão aí para nos ensinar valores lindos de vida.
Bem como os índios, a cultura negra também precisa ser valorizada, e o nosso papel aqui é ainda mais direto, pois o número de alunos negros que temos, em relação aos indios, é muito maior. Dentro de nossa sala de aula existem muito mais problemas provenientes de falta de aceitação da sua própria raça do que a gente imagina. Através do nosso trabalho de entrevista pude constatar isso com mais certeza. A baixa auto-estima do aluno negro é muito recorrente, e isso pode fazer com que ele também não se sinta pertencente àquele grupo dentro da sala de aula, ocasionando assim um sentimento de inferioridade e de precoce falta de potencial para aprendizagem (na cabeça do aluno). Cabe a nós, professores, fazer com que estes alunos consigam enxergar o quanto a sua individualidade é mportante, bem como a cultura que cada um pertence, sendo a cultura afro uma das mais ricas e importantes para nossa formação, sendo motivo de orgulho, e não de vergonha!

Um comentário:

Anice - Tutora PEAD disse...

Essa frase que colocaste inicialmente "Gilberto Freyre traz nessa frase o que muitos não querem ouvir. Todos nós temos muito mais de negros e índios do que pensamos" mostra o quanto há o preconceito, não é mesmo? Sabe-se que ter origem européia é algo digno de orgulho, já outras etnias não é bem assim, não é mesmo? Isso ocorre, visivelmente, porque há uma falta de noção quanto as raças, funções e características. Se as pessoas soubessem disso deixariam de ter estes valores. Abraço, Anice.