segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Relembrando eixo VIII - O estágio
Se já nesta fase o aluno ver a escola como uma algo que não lhe dá prazer, dificilmente conseguirá recuperar este gosto nos próximos anos. Assim também acontece com o processo de alfabetização e letramento, que se for visto como algo massacrante e repetitivo já no início, certamente a dificuldade só tem a crescer nos próximos passos. O professor da Educação Infantil tem uma importância ímpar para todo o processo de escolarização do sujeito. Usar o lúdico como gancho para trazer a escola como algo mais significativo, real e prazeroso para os alunos é uma grande possibilidade de fazer com que os mesmos gostem de estar neste ambiente. Durante o estágio apliquei um projeto sobre a construção da identidade, em que os alunos foram estudando tudo sobre a sua vida e tudo o que os cerca. O resultado foi muito significativo, fazendo inclusive com que os pais participassem mais ativamente do cotidiano escolar dos filhos. Daí a idéia do TCC, que lida com as questões de práticas de letramento e alfabetização na Educação Infantil. Agora, no final do curso, vejo o quanto foi importante cada texto, cada leitura, cada análise de atividades que eram feitas durante o processo de aprendizagem, pois elas se evidenciaram durante toda a prática de estágio e continuaram apresentando-se durante a construção do TCC. Espero também, que não se perca nos próximos anos, distanciando-me corporalmente do PEAD.
Relembrando eixo VII
Durante o eixo VI, na interdisciplina de Linguagem e educação, no módulo II, tivemos que pensar sobre a seguinte questão:
Por que a autora (KLEIMAN, 2006) afirma que a escola, sendo a mais importante agência de letramento, não se preocupa com o letramento social e sim apenas com um tipo de letramento, o escolar?
Todo nosso estudo sobre a importância de práticas de letramento social dentro da escola vem ao encontro do meu trabalho de conclusão, que defende a idéia de praticas de letramento e alfabetização na educação infantil através do lúdico.
Para responder esta questão, no primeiro parágrafo que escrevi sobre o assunto ressaltei a importância da formação social da escola como base para esta prática:
"A escola que temos hoje é fruto da organização de uma sociedade em que a via como um ponto de reforço de uma educação sólida, que servia para ensinar o certo e punir o errado perante a sociedade. Talvez aí esteja a dificuldade em relação à quebra de estruturas tão sólidas no contexto escolar. Se a escola foi moldada para não aceitar abertamente o que o aluno traz como certeza e passar para ele um padrão de educação vindo “de cima pra baixo” sem muitos questionamentos, não é muito difícil compreender a dificuldade que temos hoje de incorporar elementos do dia-a-dia do aluno para dentro da sala de aula."
Sendo assim, o lúdico vem trazer para a educação infantil a possibilidade de que as crianças consigam enxergar a aquisição da leitura e da escrita com algo que realmente faz parte de seu cotidiano e faz um gancho para que nas próximas séries, os professores também enxerguem esta construção de forma mais crítica, fazendo com que o entrosamento: escola/ sociedade cotidiana, seja cada vez mais efetivo. A autora coloca:
“O fenômeno do letramento, então, extrapola o mundo da escrita tal qual ele é concebido pelas instituições que se encarregam de introduzir formalmente os sujeitos no mundo da escrita. Pode-se afirmar que a escola, a mais importante das agências de letramento, preocupa-se, não com o letramento, prática social, mas com apenas um tipo de prática de letramento, a alfabetização, o processo de aquisição de códigos (alfabético, numérico), processo geralmente concebido em termos de uma competência individual necessária para o sucesso e promoção na escola. Já outras agências de letramento, como a família, a igreja, a rua como lugar de trabalho, mostram orientações de letramento muito diferentes.”
Podemos entender, que a escola procupa-se pouco com o letramento social, que é o que realmente interessa para o aluno. As práticas de alfabetização dissociadas do seu mundo, por vezes pode não ser eficaz para que o aluno consiga alfabetizar-se de forma sólida. Trazer para a sala de aula a leitura do seu mundo e fazer com que os elementos econtrados nele sejam analisados em foc crítico e minucioso faz com que o aluno compreenda o real sentido de aprender a ler e escrever, evitando assim, o grande problema de os alunos verem a escola como “um bicho papão”. Inciar práticas de letramento social e efetivo na Educação Infantil pode ser a chave para o sucesso.
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Relembrando o eixo VI
Durante o eixo VI, estudamos na interdisciplina de “desenvolvimento e aprendizagem pelo enfoque da Psicologia II” sobre a construção da autonomia e da heteronomia do ser e o quanto este assunto é relevante para quem está em sala de aula, visto que liga-se diretamente com a convivência diária entre os seres humanos. Em uma das atividades propostas, falei sobre como é difícil lidar com conflitos morais em sala de aula, inclusive exemplifiquei alguns casos que aconteceram comigo, que infelizmente são comuns a qualquer cotidiano escolar. Segue uma passagem sobre a atividade desenvolvida:
“O pensamento moral autônomo permite que a pessoa reaja a partir de uma norma, mas tendo consciência para avaliar seu contexto” .Este caminho só será conseguido através de trabalhos realmente palpáveis com os alunos, em que eles possam ir passando de heteronomia para uma autonomia segura, vendo no professor uma pessoa que pode auxiliar neste processo, com base no respeito e no “amor exigente” (Professor Celmiro prega este amor com base na frase: eu te amo, por isso eu te digo que você não pode fazer isso, pelo seu bem).“A autoridade do professor é inerente a sua função e necessária ao ato pedagógico. O prestígio ou a autoridade está presente na relação professor-aluno, e, para que seja possibilitado o desenvolvimento da autonomia moral, o professor precisa fazer com que a criança sinta-se participante ativa na organização das regras e nas decisões da sala de aula. Ela precisa ser solicitada para trabalhar em grupo (ARAÚJO, 1996).”
Hoje, lendo isso, vejo com atualmente, com o trabalho na educação infantil, faz-se cada vez mais necessária essa construção! Defendo em meu trabalho de conclusão que a educação infantil deve ser um espaço que propicie que os alunos já desenvolvam práticas de letramento e alfabetização, e estou certa de que este tipo de trabalho favorece os alunos no sentido de construir estruturas que favoreçam a construção de uma autonomia e de uma visão de escola e de sociedade a qual o indivíduo faz parte e precisa exercer as suas potencialidades para que haja desenvolvimento produtivo e eficaz. A partir do momento em que a criança integra-se na escola de forma significativa e já adquire o domínio da leitura e da escrita, a possibilidade de que ela crie uma visão mais sólida da importância de sua vida é maior. Sendo iniciado já na Educação Infantil o trabalho de entrosamento da criança no mundo letrado, a visão de mundo e de escola construída por ela é capaz de favorecer um desenvolvimento saudável da mesma dentro do ambiente escolar. Sendo assim, incorporar a criança no mundo letrado cada vez mais cedo pode ser a chave para que os nossos futuros adolescentes encarem a escola com outros olhos, e conseqüentemente, com outras atitudes e posturas.
Relembrando o eixo V
Lembro que quando iniciamos este trabalho de projetos de aprendizagem a distancia, o susto foi grande. Aos poucos, fomos vendo que o pbworks serviu com ferramenta fundamental para a interação do grupo, que no meu caso, falava sobre o arrepio do corpo quando ouvimos alguma coisa que emociona ou sentimos frio. Esta atividade foi extremamente importante para que pudéssemos perceber com clareza todos os passos que compõe o PA. E este processo pode se refletir até o final do curso, pois durante o estágio, embora o trabalho com a Educação Infantil não tenha sido com esta estrutura de P.A, muito teve sua influência na composição dos passos e principalmente na forma de registro da turma em relação ao que estava sendo estudado (a construção da identidade).
“Nos PAs, o tema a ser estudado é levantado pelos alunos, de forma individual e
em grupos, juntamente com os professores e a coordenação pedagógica. Na escolha dos
assuntos, leva-se em consideração a curiosidade e os desejos dos aprendizes. As regras e
diretrizes são elaboradas pelo grupo de alunos e professores. Ao professor cabe o papel
de problematizador, de desafiador. O aluno é o agente do processo. A concepção
presente é a da construção do conhecimento.” (REAL, Luciane Corte. 2002)A explosão de idéias inicial, a montagem de uma estrutura que possibilita a investigação, obtendo informações através de pesquisa e sistematização das aprendizagens de forma com que o aluno seja realmente construtor daquilo que está sendo proposto, é a base para que o trabalho tenha sucesso, ou seja, por mais que a estrutura de trabalho utilizada em sala de aula por mim, não só no estágio, mas diariamente em sala de aula, não seja o P.A, muito de suas raízes encontram-se no cotidiano do processo de ensino-aprendizagem desenvolvido, crendo fielmente que isso não se aplica apenas a mim, mas a todos os colegas do pead, pois aqueles que percebem a importância de estruturas como essa, não conseguem mais direcionar a sua forma de trabalho sem ao menos um pouquinho dessa metodologia.
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Relembrando eixo IV
Do acaso à intenção em Estudos Sociais
Neste eixo, na interdisciplina de Representação do Mundo pelos Estudos Sociais estudamos um texto chamado: Do acaso à intenção em Estudos Sociais, de Maria Aparecida Bergamaschi. Este texto é utilizado por mim até os dias de hoje, marcando a minha trajetória profissional. Estudamos o quanto é importante este disciplina, que muitas vezes é trabalhada apenas com enfoque nas datas comemorativas ou assuntos estanques, apenas para cumprir a lista de conteúdos indicados pela Escola. Ela torna-se cada vez mais importante a partir do momento em que o professor dá um enfoque além do conteúdo em si, e sim traz a importância do estudo do tempo e da sociedade aliado a história de vida do aluno. Na primeira atividade, na qual tivemos a oportunidade de estudar sobre este texto escrevi as seguintes palavras:
“O que deve ser aprendido? O que deve ser ensinado? Para as duas perguntas, a resposta é a mesma: reflexão sobre a realidade. As aulas de Estudos Sociais proporcionam grandes oportunidades de ver-se como um sujeito ativo na sociedade, já que através desta aula deve-se fazer a conexão entre os mais diversos assuntos da sociedade, mostrando para o aluno que a nossa vida é um fio que vai se ligando ao fio de outras pessoas, e ligando, e ligando... e quando vemos, temos laços muito maiores do que podemos imaginar com pessoas de muito tempo atrás, ou mesmo com o nosso ambiente.”
Sendo assim, o processo de planejamento deve ser muito reflexivo, para que as atividades a serem desenvolvidas proporcionem realmente o envolvimento da criança seja efetivo nesta reflexão e compreensão dos fatos. Como a autora coloca:
“Um planejamento aberto, que carrega em si a possibilidade de um ensino para a formação de cidadania crítica, em que os alunos possam participar de sua aprendizagem e do processo histórico em que estão inseridos.” (BERGAMASCHI, Maria Aparecida. Do acesso à intenção em Estudos Sociais).
Nosso papel com professores de Estudos Sociais é proporcionar ao nosso aluno esta oportunidade de construir-se um ser cada vez mais ativo dentro da sua sociedade, iniciando também esta tarefa na educação infantil, perpassando todas os níveis de educação. Talvez esteja aí a grande alavanca para uma educação de maior qualidade. Hoje em dia os alunos acabam tão “alienados” pela mídia, que nem sabem muito bem a importância que assume dentro da sociedade, desde a sua entrada da escola, por exemplo, desconhecendo também a sua história pessoal de vida e as entrelinhas guardadas nelas.
Tempo, espaço e sociedade. Uma pirâmide de reconhecimento do ser humano como presença importante no mundo através de sua reflexão e da criação de idéias próprias sobre conceitos das relações estabelecidas por entre estes três elementos.
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Relembrando o Eixo III

“Ler uma narrativa literária (como ninguém precisa ensinar, mas cada leitor vai descobrindo à medida que se desenvolve) e um fenômeno de outra espécie. Muito mais sutil e delicioso. Vai muito além de juntar letras, formar sílabas, compor palavras e frases, decifrar seu significado de acordo com o dicionário. É um transporte para outro universo, onde o leitor se transforma em parte da vida de um outro, e passa a ser alguém que ele não é no mundo quotidiano.” (MACHADO, Ana Maria. Encantos para sempre.)
Dentro do eixo, estudamos a importância da literatura infantil dentro da sala de aula, assumindo também o papel de “costurar” os demais assuntos a serem trabalhados, através da estimulação da criatividade e do pensamento. Mas acima de tudo de fazer com que a criança ouvindo e trabalhando com histórias consiga libertar dentro de si, aquilo que há de melhor nela mesma.
Relembrando o Eixo II

“O conhecimento está muito ligado às percepções de mundo, àquilo que o indivíduo peneira de todos os estímulos vindos do seu exterior, que agregados ao seu interior formam um conceito, uma coisa significativa. O verdadeiro conhecimento é aquele que perpassa anos e quando se faz necessário, tem aplicabilidade. Cada pessoa conhece aquilo que é assimilado, adaptado às suas estruturas e incorporado em sua vida. O conhecimento deve sempre ter um propósito, um fim, e o método para adquirir esse conhecimento não é padrão. Cada pessoa tem uma forma de compreender o mundo e suas especificidades, e assim adquirir conhecimento sobre ele.”
Depois, ao estudarmos a teoria de Vygotsky, vi que a minha fala estava de acordo com as suas principais questões de discussão:
*Um dos meios privilegiados é a linguagem, que organiza o pensamento.
*Para Vygotsky, a criança nasce numa sociedade organizada e precisa se adaptar a ela, conhecer sua cultura.
*O determinante de evolução psíquica é o trabalho do homem com ajuda de instrumentos. São instrumentos todos os objetos por ele criados, sem esquecer a linguagem, que é o instrumento de mediação por excelência.
*Zona de desenvolvimento proximal, que não pode ser medida, mas sim estimulada.
Vemos então, que no segundo eixo, já começamos a dar uma ênfase maior à teoria de como aprender, indo além daquele diagnóstico inicial, onde havia a constatação de que era necessário a mudança nas escolas, e assim abrimos um processo minucioso de análise para ver de que forma poderíamos agir concretamente e efetivamente no processo de modificação para a aprendizagem nas estruturas mentais de nossos alunos, provocando a vontade de aprender, e um aprender de forma eficaz, com base teórica sustentável, identificando em nossa sala de aula onde isso já é evidente, e onde poderíamos aprimorar aquilo que já vinha sido trabalhado! Esta retomada e análise de prática pedagógica em sala de aula, foi tornando-se constante durante o passar dos eixos em nosso curso, tornando-o um curso extremamente voltado para a prática de sala de aula, contemplando assim seus objetivos iniciais e indo além, pois a transformação nas salas das alunas, começou logo no início, como podemos ver.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Relembrando o Eixo I

Escola, Cultura e Sociedade: uma abordagem sociocultural e antropológica
No primeiro semestre do PEAD estava imersa em um mundo ainda estranho. Uma faculdade a distância estava à minha frente e eu não sabia se ia me adaptar a essa modalidade. Como entrei no segundo processo seletivo, acabei fazendo algumas interdisciplinas misturadas durante algum tempo. Porém, ao final deste primeiro semestre, com certeza a atividade que mais me marcou foi a construção do “memorial da minha infância” (disponível em: http://blogdacarina-carininha.blogspot.com/2007/08/blog-post.html). Ao concluir este trabalho eu realmente entendi o que era a interdisciplinaridade dentro do Ensino Superior. Neste memorial, fizemos um aparato da nossa própria infância, e dentro deste relato, consegui perfeitamente encaixar na minha vida os conteúdos que estávamos estudando, que abrangia a entrada da criança na escola, o processo de alfabetização e também a função da escola na sociedade. Através da nossa análise de vida, consegui visualizar perfeitamente que o curso realmente tinha um olhar mais voltado para a realidade de sala de aula.
Dentro deste eixo, além da atividade do memorial, outra atividade que fez com que a visão sobre a escola fosse aprofundada para que posteriormente nos outros eixos pudéssemos esmiuçar o seu funcionamento na interdisciplina de Escola, Cultura e Sociedade . Através de Durkheim, realizamos uma atividade em que escrevi o seguinte pensamento:
“Existiria uma educação ideal? Seria aquela em que moldamos o sujeito de maneira em que queremos? Admitir que exista uma educação ideal que ainda não é alcançada, inclui também admitir que os padrões existentes não estão de acordo com o mundo que temos. “Modelar” o indivíduo passa longe de uma educação social eficaz.”
Hoje lendo-o, vejo que o pontapé inicial foi bem dado, e que as indagações que estudamos ao longo do semestre construiu uma base sólida para que compreendêssemos esta instituição como “inacabada” e que o nosso papel não só em sala de aula como professores, mas em sala de aula como alunos no PEAD tem uma importância enorme para que haja a transformação que tanto desejamos.
“A educação não se limita a desenvolver um organismo, no sentido indicado pela natureza, ou tornar tangíveis os germes, ainda não revê embora à procura de oportunidade para isso. Ela cria no homem um ser novo.” (DURKHEIM, Émile. A educação como processo socializador: função homogeneizadora e função diferenciadora In PEREIRA, LUIZ e FORACHI, Marialice. Educação e sociedade: leituras de sociologia da educação. 8. ed. São Paulo: Nacional, 1977).
Compreendemos desde então a importância de reformulação da Educação que temos, e que ela só será possível, se nós mesmos assumirmos o papel de mediadores dessa “revolução silenciosa” desde os pequenos atos em nossa sala de aula.
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Como o lúdico na Educação Infantil contribui para o processo de alfabetização?
Neste ano, tive a oportunidade de conviver de perto com as crianças de educação infantil e percebi o quanto é importante que o professor desde esta fase seja um estimulador do processo de letramento e alfabetização.
As crianças já chegam na escola sedentas de aprender além daquilo que já estão acostumadas a fazer em casa (pintar, recortar, desenhar...). Porém, uma discussão muito grande tem sido alvo de algumas complicações neste sentido, visto que o Ensino Fundamental agora está estruturado em 9 anos, fazendo com que muitos acreditem que o processo de alfabetização só deve ser levado realmente à efetividade, no segundo ano. E o que fazer com aquelas crianças que estão loucas para aprender a ler e escrever desde pequeninhas na Educação Infantil?
Meu trabalho gira em torno desta discussão, tendo como linhas centrais a importância do início da estimulação à alfabetização/letramento desde a entrada na escola, independente do nível, através da utilização do lúdico e da construção significativa da escrita do nome para conhecimento do sistema de escrita e demais letras do alfabeto.
Ainda tenho muito pano pra manga...
Tcc, Redefinições...
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Tcc

domingo, 13 de junho de 2010
A Copa do Mundo é NOSSA!!!

De acordo com Hernandez e Montserrat: "A informação oferece visões da realidade. É necessário distinguir as diferentes formas de apresentá-las, assim como tornar compreensível a idéia de que os seres humanos interpretam a realidade utilizando diferentes linguagens e enfoques. A distinção entre hipóteses, teorias, opiniões, pontos de vista, que adota quem oferece uma dessas visões, é um dos apectos que se deve levar em conta. A confrontação de opiniões contrapostas ou não coincidentes e as conclusões que disso pode extrair o aluno incidem também nesse aspecto." (HERNÁNDEZ, Fernando; MONTSERRAT, Ventura. Os projetos de trabalho: uma forma de organizar os conhecimentos escolares. In: _____. A organização do currículo por Projetos de Trabalho.pág 11, 5ª edição, Porto Alegre: Artmed, 1998.) Sendo assim, não adianta apenas trazer as informações para dentro da sala de aula. Faz-se necessário a abrangência dessas informações nos âmbios acima citados, mesmo que se trate de alunos tão pequenos como o de Ed. Infantil. Analisar aquilo que o aluno sabe, fazendo relações com novos conhecimentos e com os conhecimentos dos colegas enfrentando desafios, éa base para a construção de um conhecimento sólido e significativo.
sábado, 29 de maio de 2010
Aprendi no jardim de infância
- Compartilhe com tudo.
- Jogue dentro das regras.
- Não bata nos outros.
- Coloque as caixas de volta onde pegou.
- Arrume a sua bagunça.
- Não pegue as coisas dos outros.
- Peça desculpas quando machucar alguém.
- Lave as mãos antes de comer.
- Dê descarga.
- Biscoitos quentinhos e leite frios fazem bem para você.
- Respeite o outro.
- Leve uma vida equilibrada, aprenda um pouco, pense um pouco... e desenhe... e pinte... e cante... e dance ... e brinque... e trabalhe um pouco todos os dias.
- Tire uma soneca todos os dias.
- Quando sair, cuidado com os carros.
- Repare nas maravilhas da vida.
- Lembre-se da sementinha no copinho plástico. As raízes descem a planta sobe e ninguém sabe realmente como ou porque, mas todos somos assim.
- O peixinho dourado, o hamster, o camundongo branco, e até mesmo a sementinha no copinho plástico, todos morrem... Nós também.
- A regra de ouro é o amor e a higiene básica. Ecologia... política... e igualdade... e respeito... a vida sadia.
- Temos que fazer a nossa parte.
- E esta é sempre uma verdade, não importa a idade:"Ao sair para o mundo é sempre melhor darmos as mãos e ficarmos juntos."
Há alguns anos escutei esta mensagem ser narrada pelo Pedro Bial, e esta semana enquando tinha coma conversa bem séria com a mãe de um dos meus alunos, falando para ela a importância que tem a modificação de comportalento para melhor se faça cada vez mais cedo, lembrei de vários tópicos que a mensagem traz. Depois, quando voltei para a sala de aula, realmente refleti que tudo aquilo que eles estão aprendendo ali é a base que poderá ser vista anos e anos depois.
Piaget, em Pedagogia da automonia coloca que: "A construção ou a produção do conhecimento do objeto implica o exercício da curiosidade, sua capacidade crítica de “tomar distancia” do objeto, de observá-lo, de delimitá-lo, de cindi-lo e de “cercar” esse objeto ou fazer a sua aproximação metódica, sua capacidade de comparar, de perguntar. " Creio que estas ações quando estimuladas desde cedo, justamente no Jardim de Infanância, dificilmente se apagarão com o tempo, levando também em consideração o fato de que essa curiosidade é característica que tem se perdido com o passar dos anos. Além do Jardim, leciono também para um terceiro ano no turno da tarde, e vejo que dependendo do trabalho que se faz, os alunos chagam totalmente desestimulados a essas séries. Então minha responsabilidade como professora de Educação Infantil acaba sendo cada vez maior, estimulando a sua curiosidade pelo mundo, a sua autocritica e a capacidade de cooperação.
Certamente, se todas as pessoas da nossa sociedade cultivassem os ensinamentos plantados na Educação Inafntil, o mundo seria um lugar bem melhor para se viver.
domingo, 9 de maio de 2010
Professor também é um pouquinho mãe!
Donald Winnicott foi pediatra e psicanalista (1896-1971) e estudou os estágios mais primitivos do desenvolvimento emocional do ser humano. Para ele, o bebê só existe como parte de uma relação, na condição de absoluta dependência da mãe. Sendo assim, o ambiente tem uma influência determinante sobre a constituição do psiquismo precoce.
Pensando nas qualidades que a mãe precisa ter para proporcionar ao filho os cuidados indispensáveis ao seu desenvolvimento, é que Winnicott concebeu o conceito de “mãe suficientemente boa”, que compreende a condição em que a mãe possua a disponibilidade e os elementos necessários para acompanhar o filho em suas necessidades mais primitivas e básicas. Ela não precisa ser perfeita. Basta que atenda ao filho de forma rotineira, mas flexível. Digamos que a mãe suficientemente boa é monótona, pois ela cria um ambiente previsível, que responde às necessidades do bebê, proporcionando a ele uma situação de continuidade, importante para a formação e o fortalecimento da segurança, da confiança e, principalmente, para a integração corpo e mente. No início da vida e durante algum tempo, o bebê não reconhece o outro, porque está fusionado à mãe.
Outro conceito ligado ao de “mãe suficientemente boa” é o de “holding”, que se traduz na idéia da “sustentação das condições básicas para que o bebê viva suas experiências físicas e psíquicas, sem perigo”. Mas o conceito não significa que a mãe não possa falhar, pelo contrário. O que importa é que não ocorram falhas que invadam e quebrem, de forma violenta, a linha de continuidade que o bebê vinha experimentando, de forma a provocar nele “fantasias de aniquilamento”.
A relação intensa e necessária entre mãe e filho, expressa no conceito de “mãe suficientemente boa”, de Winnicott, é uma relação de humanização e é comum a cada um de nós. Não há como fazermo-nos humanos sem a existência e a presença atenta de alguém. O colo, o olhar, a palavra, a preocupação vão construindo os primeiros significados, livrando-nos de nossa insignificância original, além de reafirmar nossa existência. O olhar do outro reconhece a nossa existência. E, justamente porque dependemos imensamente disso tudo que vem do outro, é que temos medo. A convivência social é dolorosa, porque é importante demais.
Se nesse momento inicial da vida tudo corre suficientemente bem, a criança pode evoluir no seu crescimento. Então, gradativamente, a mãe pode ir se distanciando, rompendo aos poucos os laços fusionais e introduzindo os elementos da realidade, assim como outras pessoas no ambiente.
Durante toda a infância, outros estágios virão até que a entrada na adolescência provocará um questionamento e uma revisão de todos os valores, preparando o jovem para os rompimentos necessários a sua inserção no mundo adulto.
A entrada da criança na escola tem acontecido cada vez mais cedo. Se tempos atrás era somente por volta dos cinco anos, agora tem ocorrido aos dois anos, muitas vezes até antes disso. A distância que separava a escola da família foi encurtada. As funções da escola vêm sendo modificadas no sentido de uma maior responsabilidade sobre seus alunos. Funções que antes competiam à família hoje são delegadas à escola.
E o professor vem lutando para sustentar sua posição de autoridade, abalada pelo estremecimento de convicções e valores que acompanha nossa entrada no século XXI.
O professor tem hoje a importante responsabilidade de receber a criança que chega marcada pelo rompimento causado pelo afastamento precoce do núcleo familiar, ao separar-se dos pais.
E, pensando em Winnicott, tentei imaginar como seria o professor suficientemente bom.
Como substituto que é da família, o professor suficientemente bom seria aquele que, nos primeiros anos, forneceria uma espécie de holding ou sustentação à criança, criando uma condição de rotina necessária à sua adaptação à nova experiência, que se inicia no ambiente escolar. Ele trataria de oferecer à criança uma presença viva, preocupada, atenta e amorosa e, principalmente, constante, que seria muito importante para a estruturação de sua imagem como referência segura. A relação aqui também seria, ainda, de dependência. A criança contaria com o professor para lhe garantir a percepção de que ali está alguém que detém um saber e uma autoridade fortes o suficiente para que ela sinta que pode se entregar, passivamente, aos seus cuidados. A força desse saber e dessa autoridade remeteria a uma impressão de firmeza que possibilitaria à criança tolerar os embates e as dores da convivência. Nesse contexto, o professor deveria entender que “disciplina” é um conceito extremamente relativo e que depende principalmente do que ele espera de seu aluno, dosando, portanto, o grau de liberdade que a ele se poderá proporcionar, de forma que lhe seja garantida a expressão de seus afetos, sejam de amor ou de ódio, sem o risco de respostas radicais e repressoras.
O professor deveria, ainda, ser capaz de tolerar o mal-estar inerente ao processo educativo, cuja dimensão extremamente abrangente provoca sempre frustração e põe à prova, o tempo todo, a persistência necessária ao sucesso.
Assim como a mãe, o professor também falha, e isso lhe conferirá uma condição de humanidade importante para que a criança aprenda a superar suas decepções e continuar sua vida apesar delas. Ao mesmo tempo, essas falhas não podem ser tais que cheguem a derrubar o professor da importante posição de representante do saber e da cultura. A criança, o aluno em geral, precisa dessa referência, por mais que isso lhe exija certas responsabilidades. Se o adulto abandonar seu papel, seu “lugar”, provocará na criança, certamente, um grande desamparo e um conseqüente desequilíbrio, tornando-lhe mais difícil o desafio que será feito, mais tarde, de encontrar, por sua vez, também o seu “lugar”, para que possa desempenhar o papel que lhe couber.
É de se esperar, à medida que o aluno cresce, que a relação de dependência estreita dê lugar a uma dependência mais relativizada, dando surgimento a um espaço de troca e também de mais criatividade e liberdade.
Talvez o conceito de suficiência provoque interrogações, pois não oferece parâmetros objetivos e precisos. O que é suficiente? Claro, temos aqui, na relação entre o professor e o aluno, uma situação muito complexa, que exige, por isso mesmo, constante atenção quanto às intensidades com que as atitudes, iniciativas e decisões precisarão ter para serem efetivas na promoção do desenvolvimento humano das crianças. Mas penso que o conceito é válido, pela desacomodação que gera, e pelo cuidado que sugere, a fim de que, qualquer que seja a nossa posição, ela esteja sempre procurando afastar-se dos extremos; exigindo-nos, enfim, um trabalho mais orientado pela intuição, pela sensibilidade e pela flexibilidade.
Espero que a articulista tenha sido suficientemente instigadora para provocar no leitor o desejo de pensar mais sobre isso tudo."
Élide Camargo Signorelli, psicóloga com formação psicanalítica pelo C.P.CAMP, Centro de Psicanálise de Campinas, e especialização em adolescência pelo Departamento de Psiquiatria da FCM da UNICAMP
sábado, 24 de abril de 2010
O sanduíche da Maricota

domingo, 18 de abril de 2010
Para pensar...
Texto atribuído a Roberto Shinyashiki
"O sucesso é construído à noite!Durante o dia você faz o que todos fazem".
Não conheço ninguém que conseguiu realizar seu sonho,sem sacrificar feriados e domingos pelo menos uma centena de vezes. Da mesma forma, se você quiser construir uma relação amiga com seus filhos, terá quese dedicar a isso, superar o cansaço, arrumar tempo para ficar com eles,deixar de lado o orgulho e o comodismo. Se quiser um casamento gratificante, terá que investir tempo, energia e sentimentos nesse objetivo. O sucesso é construído à noite! Durante o dia você faz o que todos fazem. Mas, para obter resultado diferente da maioria, você tem que ser especial. Se fizer igual a todo mundo, obterá os mesmos resultados. Não se compare à maioria, pois infelizmente elanão é modelo de sucesso. Se você quiser atingir uma meta especial, terá que estudar no horário em que os outros estão tomando chope com batatas fritas. Terá de planejar, enquanto os outros permanecem à frente da televisão. Terá de trabalhar enquanto os outros tomam sol à beira da piscina. A realização de um sonho depende de dedicação. Há muita gente que espera que o sonho se realize por mágica. Mas toda mágica é ilusão. A ilusão não tira ninguém de onde está.Ilusão é combustível deperdedores. "Quem quer fazer alguma coisa, encontra um meio.Quem não quer fazer nada,encontra uma desculpa".
Recebi esta mensagem ontem à noite, certamente enquanto muitas pessoas dormiam, e eu estava ali, virando a noite para dar conta do planejamento e fechamento de notas do primeiro ciclo da minha Escola do turno da tarde. Me emocionei e assim tive mais gás para continuar o que estava fazendo, sem desanimar! Assim foi toda a nossa caminhada durante o PEAD, e certamente encontraremos o sucesso!
Primeira semana...
Espero as semanas sejam tao gostosas como essa, e que as coisas se ajeitem cada vez mais, melhorando mais e mais o meu trabalho em sala de aula.
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Identidade

Identidade...
Meu projeto de Estágio gira em torno do tem identidade!
Identidade porque meus alunos do Jardim B precisam ter oportunidade de constituirem-se seres conscientes da sua importância dentro do seu grupo social.
A escolha do tema identidade surgiu pela minha observação em relação aos alunos, pois percebo-os meio perdidos na escola, já que não tem muita noção das atitudes que podem ou não ser tomadas dentro da escola. Sendo assim, estou propondo um trabalho em que o aluno possa descobrir-se primeiramente, conhecendo-se fisicamente e intelectualmente, fazendo as ligações necessárias para que através do seu autodescobrimento, a criança possa desvendar um pouco mais sobre seus pensamentos e da sua importância dentro de um contexto social, familiar e escolar.
sábado, 3 de abril de 2010
Como criar um delinquente
2 . Quando ele disser nomes feios, ache graça. Isso o fará considerar-se interessante;
3 . Nunca lhe dê orientação religiosa. Espere até que ele chegue aos 21 anos, e "decida por si mesmo";
4 . Apanhe tudo o que ele deixar jogado: livros, sapatos, roupas. Faça tudo para ele. Assim ele aprenderá a jogar sobre os outros toda a responsabilidade;
5 . Discuta com freqüência na presença dele... Assim, não ficará muito chocado quando o lar se desfizer mais tarde;
6 . Dê-lhe todo o dinheiro que ele quiser. Nunca o deixe ganhar seu próprio dinheiro. Afinal. por que ele terá de passar pelas mesmas dificuldades pelas quais você passou?
7 . Satisfaça todos os desejos dele de comida, bebida e conforto. Nunca diga não, pois negar pode acarretar frustrações prejudiciais;
8 . Tome o partido dele contra vizinhos, professores, policiais (Todos têm má vontade para com o seu filho... ninguém o compreende...);
9 . Quando ele se meter em alguma encrenca séria, dê esta desculpa: "Nunca consegui dominá-lo" . Quando chegar a casa, castigue-o severamente, não dialogue com ele e deixe-o meditar sobre quanto a deixou embarassada;
10. Quando ele fizer algo errado, ameace-o, faça uma cara triste para simular que você ficou chateada. Dessa forma, ele aprenderá como obter o que deseja valendo-se de chantagem emocional.
Siga todas estas orientações e...
Prepare-se para uma vida de desgosto. Este será o seu merecido destino!
quarta-feira, 31 de março de 2010
Um lindo JARDIM...
quarta-feira, 24 de março de 2010
"Lanterna dos afogados"
E ninguém te ouve
Quando chega a noite
E você pode chorar
Há um cais de porto
Pra quem precisa chegar
Eu estou na lanterna dos afogados
Eu estou te esperando
Vê se não vai demorar
Pra uma vida curta
Mas já não me importa
Basta poder te ajudar
E são tantas marcas
Que já fazem parte
Do que eu sou agora
Mas ainda sei me virar
Eu tô te esperando
Vê se não vai demorar..."
Esses dias vendo uma propaganda, chamou-me a atenção o cantor Herbet Vianna "declamando" a letra de sua música. Sabedores das dificuldades que o cantor passou em sua vida, fiquei emocionada com aquela cena. Quantas vezes ele já nao teria cantado essa mesma música, tornando- se inclusive para o próprio cantor uma espécie de "rotina"? Penso que após ter passado por grandes provações da vida, talvez essa música tenha adquirido um sentido especial depois de uma experiência marcante em sua vida.
E nós? Nesse semestre estamos passando por uma experiência pela qual a renovação é a palavra chave. Dessa forma, a exemplo tanto da letra da música, que nos mostra a importância de termos confiança e esperança apesar de noites longas, com a impressão de estarmos sozinhos, desorientados, as marcas de nossa vida vêm trazer um significado especial para os momentos que passamos tornando-as degraus a serem escalados, tanto pela história particular de vida do cantor, que fez da sua "rotina" uma fonte de fé e renovação para uma vida mais plena e mais segura.
Não estamos afogados, a nao ser pela ansiedade, e a nossa lanterna deve ser acesa dentro de nós mesmos, através do empenho, da serenidade e do comprometimento em relação a nossa profissão!