domingo, 29 de novembro de 2009
O menino Selvagem
domingo, 22 de novembro de 2009
As linguagens e o letramento
Projeto de aprendizagem dentro de sala de aula
"O PA é uma proposta que não deve ser desenvolvida com crianças, pois estas têm dificuldades de perguntar e não têm estrutura cognitiva para entender a proposta. "
Creio que o Projeto de Aprendiagem tal e qual nós fazemos no PEAD realmente uma criança não tem condiçoes de desenvolver. Porém, nós como professores podemos utilizar a idéia central dos Projetos de Aprendizagem como base para um trabalho construtivo em sala de aula, adaptado ao nível de compreensão dos nossos alunos. O projeto base-a se em um assunto, em uma questão norteadora e em estratégias de estudo para descobrir as curiosidades relacionadas aos conhecimentos que já se tem e àqueles que estão sendo levantados. Nada de muito misterioso tem nisso. Na realidade nossos projetos de estudo dentro de sala de aula não passam muito longe desta idéia, a grosso modo. Táticas de investigação podem e devem ser incentivadas de sala de aula. Não necessitamos de internet nem de computador (remetendo também à outra afirmação da tese), basta usar a nossa criatividade( e a dos alunos também) e a diversidade de papel e caneta para registro dos estudos. Livrinhos, álbuns, revistas, tvs de sucata... uma infinidade de formas em que o PA pode ser apresentado. Minha conclusão é que para construirmos um PA precisamos apenas de pessoas que esteja motivadas a aprender, porque essas sim dao nó em pingo d'água e com a ajuda do professor, materiais diversos servem como apoio e suporte para estudo e pesquisa!
Educação de Jovens e Adultos... Diversidade em questão
Constatamos também as maiores dificuldades encontradas pelos professores dentro de sala de aula: falta de leitura, falta de concentração em atividades de interpretação e textos extensos, dificuldade de sintonia dentro de sala de aula em relação jovem (mais agitado, dificuldade em aceitar limites) - adulto (problemas de adaptação ao convívio com esse comportamento dos jovens), infreqüência, falta de responsabilidade na execução de tarefas e o desejo de estar em outros lugares.
A partir desse levantamento de dados, a discussão acerca de elementos fundamentais para um trabalho bem sucedido não pode passar longe de alguns tópicos como: uma equipe multidisciplinar de suporte para o trabalho com os alunos (saúde, psicologia...), persistência do professor em relação à motivação dos alunos e dele próprio, conhecimento e manejo das situações, diversificação, objetividade e estímulo, recursos materiais para aulas mais dinâmicas, formação de grupo de estudos com interesses semelhantes, formação pedagógica aos docentes e acolhimento aos alunos/ boa relação entre estes.
Desta forma, destaco uma passagem do nosso texto base: “Refletir sobre como esses jovens e adultos pensam e aprendem envolve, portanto, transitar pelo menos por três campos que contribuem para a definição de seu lugar social: a condição de “não-crianças”, a condição de excluídos da escola e a condição de membros de determinados grupos culturais.” (OLIVEIRA, Marta Kohl de. Jovens e adultos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem. Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo. Trabalho apresentado na XXII Reunião Anual da ANPEd, Caxambu, setembro de 1999). Creio que esta frase resuma bem o trabalho com EJA. Trabalhar dentro desta diversidade requer uma abertura mais ampla do professor para a compreensão de um processo de aprendizagem "não esperada" nos moldes da escola atual. O professor entra aí como articulador de novas aprendizagens para este grupo que provém de uma história de vida diferente do aluno em faixa etária dita "normal", para assim poder criar um clima dentro da sala de aula com que os alunos se identifiquem e possam trabalhar em um ambiente que seja acolhedor às suas necessidades!
domingo, 15 de novembro de 2009
Piaget
Piaget revolucionou as concepções de inteligência e de desenvolvimento cognitivo partindo de pesquisas baseadas na observação e em entrevisrtas que realizou com crianças. Interessou-se fundamentalmente pelas relações que se estabelecem entre o sujeito que conhece e o mundo que tenta conhecer. É considerado epistemólogo genético por investigar a natureza e a gênese do conhecimento nos seus processos de desenvolvimento.
Na década de 50, funda o Centro Internacional de Epistemologia Genética da Faculdade de Ciências da Universidade de Genebra, de onde saíram importantes obras sobre Psicologia Cognitiva.
Desenvolveu estudos sobre os próprios processos metodológicos, o método clínico e a observação naturalista. Estes métodos correspondem a importantes avanços na investigação em Psicologia.
Como epistemólogo, procurou determinar cientificamente o processo de construção do conhecimento. Nos últimos anos da sua vida centrou os seus estudos no pensamento lógico-matemático.
Piaget não propõe um método de ensino, mas apresenta uma teoria do desenvolvimento cognitivo cujos resultados são utilizados por psicólogos e pedagogos. Tornou-se conhecido como o mais destacado especialista cognitivo em Psicologia, destacando-se o carácter interdisciplinar e criativo que orientou as suas investigações." (CAPÍTULO 2.2 DA TESE APRENDIZAGEM AMOROSA NA INTERFACE ESCOLA – PROJETO DE APRENDIZAGEM – TECNOLOGIAS DIGITAIS, por Luciane M. Corte Real no PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO DA UFRGS – PGIE/UFRGS, 2007.)
domingo, 8 de novembro de 2009
Surdo ou deficiente auditivo?
Uma das primeiras aprendizagens relaciondas à LIBRAS foi a diferenciação de SURDO e DEFICIENTE AUDITIVO. Deficiente auditivo é aquela pessoa que tem problemas de audição, e o surdo também, mas o que diferencia um do outro é que o surdo assume uma identidade surda, frequenta a comunidade surda e se comunica através da LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS.
Sendo assim, a LIBRAS vêm para servir como uma forma de comunicação a (nivel nacional). Ela é baseada em configuração de mão, Locação, Movimentos, Orientação das mãos, Expressão facial e/ou corporal. ou seja, todos os movimentos feitos devem observar o formato em que a mão está, a localização da mão e a expressão facial. Com base nisso, devemos pensar nas formas mais adequadas que nós ouvintes, desconhecedores da LIBRAS, podemos fazer para que haja uma boa comincação, como por exemplo falar pausadamente, olhando pra pessoa, se possível fazendo uma expressão facial que possibilite-o a entender pelo menos a idéia de que estou falando, arriscaria também alguns gestos caso . A escrita também seria uma forma adequada, quando estamos em um ambiente que possibilita a escrita, ainda que a tecnologia hoje facilite muito via tefefone, MSN, etc. O contato visual é o que norteia a conversa. Por vezes vemos muitas pessoas falando alto com as pessoas surdas, o que sabemos que não faz diferença, visto que a visão configura-se como peça fundamental para a comunicação.
Assim, solidifico cada dia mais a minha opinião de que possuir algum problema orgânico não é motivo tanto para discriminação dos outros como forma de preconceito, quanto para si mesmo, pois a sociedade atual, por mais preconceituosa que seja com aquele que não assume os padrões básicos (loiro, alto, magro, bonito, perfeito), ao mesmo tempo disponibiliza meios para que a própria pessoa encontre maneiras de exaltar o melhor que há nela. Creio que a comunidade surda faz isso com grande desenvoltura, pois conhecendo um pouco mais dessas características, fico pensando qual outra comunidade de “ouvintes” que é tão unida e tão bem organizada como esta? Nenhuma. A identidade surda é motivo para orgulho, pois faz com que a união reforce um modo de vida que traz alegria, união e força, e não sofrimento.
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Didática Magna
"1. A consideração do aluno: Este elemento é da maior importância, até porque em muitas pedagogias tradicionais, o aluno, suas necessidades e suas capacidades não são consideradas, o enfoque da pedagogia se concentra no professor e nos conteúdos a serem trabalhados. Ao contrário disso, Comênio chama a atenção para respeitar a capacidade de compreensão do aluno (cap. 162), não sobrecarregar as aulas, progredir do fácil para o difícil, cuidar da motivação dos alunos (cap. 17), animar os alunos a ensinarem uns aos outros (cap. 18) e alterar o trabalho com descanso através de conversa, brincadeira ou música (cap. 15).
2. O ensino igual para todos: Como Comênio já explica no prefácio, a importância da educação para o ser humano exige uma educação para homens e mulheres e para todos os grupos sociais.
3. O realismo do ensino: A aprendizagem deve começar, segundo Comênio, a partir dos sentidos, da percepção, da experiência do aluno, e não a partir de teorias abstratas. Neste sentido, Comênio acusa as escolas de formarem alunos que normalmente só conseguem repetir nomes e conceitos sem compreenderam do que estão falando. Contra isso, ele propõe que os alunos façam experiências por conta própria e aprendam a partir das próprias observações e não somente repetindo o que outras pessoas disseram (cap. 18).
4. Finalmente queremos destacar a importância que Comênio atribui ao bom relacionamento entre professor e aluno como fundamento para a aprendizagem do aluno (cap.19)."
Podemos dizer que estas idéias são ultrapassadas? Fora da atualidade? Sem fundamentação nenhuma? É muito estranho, que ao passar de tantos anos as suas idéias não estejam tão distantes do nosso dia- a -dia. Será que os alunos continuam os mesmos? Certamente que não! Será que os professores continuam os mesmos? Evidente que não! Ou seriam os estudiosos da área que não se aprofundaram? Grande engano! O tempo passou, as pessoas mudaram, a educação ganhou novas formas, mas a essência da verdadeira educação não muda, diante de qualquer tempo ou espaço. Estes quatro princípios citados acima a cada dia que passa tornam-se cada vez mais atual, porque não fala de uma aprendizagem superficial e sim destaca a importância de uma aprendizagem como experiência de vida, e princípios de respeito, dignidade e vontade de aprender são imortais e indispensáveis a qualquer ser humano, em qualquer época.
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Nosso ofício carrega uma longa memória...
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Projeto de aprendizagem
Turma da Febeca
Muitas vezes o desafio maior, além do trabalho específico com os alunos especiais, é a aceitação dos outros no cotidiano. Uma maneira que ajuda muito a discussão sobre o assunto é a contação de histórias. Existe um site chamado Turma da Febeca:
http://www.megaterio.com.br/febeca/index.html
Onde o autor, Victor, elaborou diversas histórias envolvendo o tema de inclusão. Todas as personagens possuem algum tipo de necessidade especial, e transformam aquilo que "seria um problema", em algo postivo. Em forma de história em quadrinho, Victor consegue falar de maneira extremamente clara e objetiva que ter alguma necessidade especial não significa ser "menos" que outras pessoas.
A nós professores, frente ao desafio da inclusão, cabe procurar estratégias para que a sala de aula seja um espaço de aprendizagem para todos. Não é porque falta-nos materiais ou uma preparação mais consistentes que os sujeitos ficarão sem assistência ou atenção!
Não precisamos incluir apenas para dizer que estamos incluindo! Precisamos incluir porque é papel da escola rever as formas de inclusão existentes, pois de nada adianta somente matricular um aluno e dizer que isto é inclusão! Precisamos de forma efetiva fazer a diferença na vida de todos!
Desenvolvimento Moral
domingo, 19 de julho de 2009
Diversidade etnico-racial
de cabelo louro,
traz na alma,
quando não no corpo,
a sombra,
ou pelo menos a pinta,
do indígena ou do negro...”
Gilberto Freyre, Casa Grande e Senzala
Gilberto Freyre traz nessa frase o que muitos não querem ouvir. Todos nós temos muito mais de negros e índios do que pensamos.
Depois das atividades realizadas neste semestre em relação à raça e etnia, concluo que a nossa sociedade ainda precisa aprender e muito a valorizar e respeitar todas as culturas. A escola é um espaço social onde será, para algumas crianças, local de reflexão sobre uma cultura de superioridade branca imposta há muitos anos. O termo índio, introduzido erromeamente, fez com que ocorresse anos mais tarde um gancho para que todas os seus grupos pudesses se unir e lutar para que a sua rica cultura não seja esfacelada, e sim cada vez mais respeitada, e no meu ponto de vista, vista também como exemplo de pessoas que lutam pelo que querem e dão exemplo de grupo social que foi ameaçado, e por vezes efetivamente, esmagado por uma cultura e modo de vida competamente diferente do que eram acostumados e ainda assim até hoje estão aí para nos ensinar valores lindos de vida.
Bem como os índios, a cultura negra também precisa ser valorizada, e o nosso papel aqui é ainda mais direto, pois o número de alunos negros que temos, em relação aos indios, é muito maior. Dentro de nossa sala de aula existem muito mais problemas provenientes de falta de aceitação da sua própria raça do que a gente imagina. Através do nosso trabalho de entrevista pude constatar isso com mais certeza. A baixa auto-estima do aluno negro é muito recorrente, e isso pode fazer com que ele também não se sinta pertencente àquele grupo dentro da sala de aula, ocasionando assim um sentimento de inferioridade e de precoce falta de potencial para aprendizagem (na cabeça do aluno). Cabe a nós, professores, fazer com que estes alunos consigam enxergar o quanto a sua individualidade é mportante, bem como a cultura que cada um pertence, sendo a cultura afro uma das mais ricas e importantes para nossa formação, sendo motivo de orgulho, e não de vergonha!
terça-feira, 7 de julho de 2009
Formas de dominação
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Hardball - O jogo da vida
Realmente, pra mim, tornou-se um dos melhores filmes que já assisti em toda a minha vida!! Trata-se da história de um homem cheio de dívidas e sem rumo na vida, que para pagar a sua dívida teve que treinar alguns meninos de uma periferia. Ele acaba se envolvendo não somente com os alunos, mas com a professora, e juntos, fazem uma parceria... Ele ajuda os alunos com o incentivo à leitura, e ela com o esporte! Ele acaba criando um laço muito forte com os alunos, se envolve e busca estratégias para que o time, que não tinha a princípio nenhuma chance de vencer o campeonato, vire o grande campeão. Em sua última aposta, realizada para pagar suas dívidas, ganhou uma bolada, e ao invés de refazer apostas, resolveu investir esse dinheiro em uniformes para os alunos, levando-os em um verdadeiro jogo da liga profissional, fazendo assim, um grupo com empenho e segurança, sabendo que poderiam dar o melhor de si!
O que mais me tocou no filme, (fazendo agora uma coisa muito feia, que é contar o final, hehe, mas preciso fazer isso para explicar o tamanho da admiração que adquiri sobre ele) foi a parte final, em que um menininho, que não podia jogar por falta de idade, mas acompanhava todos os passos do time, foi morto por um tiro dado por bandidos ao chegar em casa no dia da final. Então, no velório do menino, o professor fez um discurso,relatando o fato de que aquele menino havia mudado a vida dele, pois no momento em que ele teve que entrou em campo, uma única vez, a felicidade que o menino sentiu, fez ele ver que poderia ser uma pessoa melhor,e que ele poderia fazer a diferença! Ele acaba tornando-se funcionário da escola para desenvolver oficinas.
Isso me faz ver que nem tudo está perdido! Que quando existe empenho e abertura da parte do professor para que exista um laço forte de amizade e cumplicidade entre as partes, tudo fica mais fácil! Conner renunciou uma vida sem propósito, e acabou por si mesmo descobrindo meios para incentivar aquele time a vencer! Estimulou, encorajou, tornou-se amigo! Assim, nós também, como professores em nossa sala de aula devemos procurar essas estratégias!
Gostei tanto do filme que passei para os alunos do turno da manhã na escola, em consequencia de um projeto de resgate de auto-estima! Quando perguntei a eles por que achavam que o menininho que era muito pequeno e não treinado para aquele tipo de jogada que fez a diferença na partida, acertou em cheio... ao invés de reponderem: "porque ele acreditou que podia!" responderam: "porque ele acreditou no que o treinador disse!"Isso me tocou muito, e fez com que nesta fase de desânimo geral dentro da profissão em que estou passando, surgisse como um fiozinho de esperança, valorizando meu trabalho, já que sempre fiz tudo o que pude para que meus alunos se sentissem capazes de realizar qualquer coisa!
Sendo assim, fica a dica do MARAVILHOSO filme! ;)
domingo, 12 de abril de 2009
6º Semestre
Estamos chegando cada vez mais na reta final de nosso curso! Agora estamos no Eixo VI!
Este semestre promete ser muito proveitoso, principalmente quando trata de assuntos que muitas vezes, passam em branco em nossas escolas... filosofia, educação especial e questões etnico raciais!
Lidar com as diferenças é sempre muito complicado e faz com que as nossas aulas seja um desafio a cada dia, não só em datas especiais ou para dar a entender que somos todos iguais, não passando apenas de uma ilusão, sem consistência real e prática no cotiano escolar!
E por falar em prática... Nossa interdisciplina de Psicologia também vem nos desafiar sobre qual o tipo de educadores estamos sendo, e de que forma podemos
(ou devemos) repensar no nosso dia-a-dia de sala de aula, sem blá-blá-blá! Mas de uma forma mais sincera, sem tantas coisas superficiais.
Aliás, creio que este semestre veio para nos desacomodar do "discurso", e fazer-nos acordar para uma prática de corpo e alma!
E é disso que eu gosto! Em geral os cursos de Pedagogia ou cadeiras afins em educação tem muito de uma "utopia", e o que me faz amar o PEAD é justamente a provocação durante os nossos estudos para que a nossa prática seja muito mais importante que apenas um discurso lindo!
E vamos lá!