terça-feira, 26 de outubro de 2010

Relembrando o Eixo III


Outra vez, no eixo III, o ideal seria que eu falasse acerca de ludicidade, mas bem como no eixo II também deixei a alfabetização pura para o desenrolar do TCC, assim farei com a ludicidade que também é tema do meu trabalho. Neste eixo, outra lembrança que não pode me faltar é a apresentação final do semestre na Interdisciplina de literatura Infantil e Aprendizagem. Assim como as crianças, também guardamos na lembrança aquelas atividades mais significativas em nossa vida. Ao final desta interdisciplina, após ter estudado bastante sobre a importância de da contação de histórias em sala de aula, culminamos com a apresentação por grupos de Horas no Conto para as colegas, fazendo uma mescla sólida e evidente daquilo que estudamos. Meu grupo ficou com a história: “A casa sonolenta” e apresentamos em forma de teatro, sustentando que deixar a história mais “viva” com a encenação de pessoas em relação aos presonagens, faz com que os processos mentais sejam ainda mais estimulados, pois facilita a visualização real da história, bem como traz o aluno para dentro dela, fazendo-o imaginar-se dentro dela.
“Ler uma narrativa literária (como ninguém precisa ensinar, mas cada leitor vai descobrindo à medida que se desenvolve) e um fenôme­no de outra espécie. Muito mais sutil e delicioso. Vai muito além de juntar letras, formar sílabas, compor palavras e frases, decifrar seu sig­nificado de acordo com o dicionário. É um transporte para outro universo, onde o leitor se transforma em parte da vida de um outro, e passa a ser alguém que ele não é no mundo quotidiano.” (MACHADO, Ana Maria. Encantos para sempre.)
Dentro do eixo, estudamos a importância da literatura infantil dentro da sala de aula, assumindo também o papel de “costurar” os demais assuntos a serem trabalhados, através da estimulação da criatividade e do pensamento. Mas acima de tudo de fazer com que a criança ouvindo e trabalhando com histórias consiga libertar dentro de si, aquilo que há de melhor nela mesma
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Relembrando o Eixo II


O mais correto em relação ao eixo II seria eu contemplar a interdisciplina de Alfabetização e letramento. Porém, como em todo o meu trabalho de conclusão estarei fazendo referência a ela, destaco neste segundo eixo algumas aprendizagens voltadas para as teorias psicológicas. Estudamos sobre Gestalt, Behaviorismo e Sócio-interacionismo. Durante este estudo, debruçamo-nos mais acerca do Sócio-interacionismo, baseado nas teorias de Vygotsky. Em uma das atividades da intersisciplina fomos desafiados a responder três questões, sem previamente ler os textos indicados: “O que é, para você, o conhecimento? Para você, como ocorre a aprendizagem? Cosiderando suas respostas anteriores, como deveria ser, na sua opinião, ensino na escola?” Ao ler a minha reflexão, fico feliz em saber que desde o início minha idéia sobre aprendizagem estava condizente, ao que hoje sabemos o que realmente se espera sobre “aprender”. Observe o trecho que escrevi:
“O conhecimento está muito ligado às percepções de mundo, àquilo que o indivíduo peneira de todos os estímulos vindos do seu exterior, que agregados ao seu interior formam um conceito, uma coisa significativa. O verdadeiro conhecimento é aquele que perpassa anos e quando se faz necessário, tem aplicabilidade. Cada pessoa conhece aquilo que é assimilado, adaptado às suas estruturas e incorporado em sua vida. O conhecimento deve sempre ter um propósito, um fim, e o método para adquirir esse conhecimento não é padrão. Cada pessoa tem uma forma de compreender o mundo e suas especificidades, e assim adquirir conhecimento sobre ele.”
Depois, ao estudarmos a teoria de Vygotsky, vi que a minha fala estava de acordo com as suas principais questões de discussão:
*Um dos meios privilegiados é a linguagem, que organiza o pensamento.
*Para Vygotsky, a criança nasce numa sociedade organizada e precisa se adaptar a ela, conhecer sua cultura.
*O determinante de evolução psíquica é o trabalho do homem com ajuda de instrumentos. São instrumentos todos os objetos por ele criados, sem esquecer a linguagem, que é o instrumento de mediação por excelência.
*Zona de desenvolvimento proximal, que não pode ser medida, mas sim estimulada.

Vemos então, que no segundo eixo, já começamos a dar uma ênfase maior à teoria de como aprender, indo além daquele diagnóstico inicial, onde havia a constatação de que era necessário a mudança nas escolas, e assim abrimos um processo minucioso de análise para ver de que forma poderíamos agir concretamente e efetivamente no processo de modificação para a aprendizagem nas estruturas mentais de nossos alunos, provocando a vontade de aprender, e um aprender de forma eficaz, com base teórica sustentável, identificando em nossa sala de aula onde isso já é evidente, e onde poderíamos aprimorar aquilo que já vinha sido trabalhado! Esta retomada e análise de prática pedagógica em sala de aula, foi tornando-se constante durante o passar dos eixos em nosso curso, tornando-o um curso extremamente voltado para a prática de sala de aula, contemplando assim seus objetivos iniciais e indo além, pois a transformação nas salas das alunas, começou logo no início, como podemos ver.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Relembrando o Eixo I


Eixo 1:

Escola, Cultura e Sociedade: uma abordagem sociocultural e antropológica


No primeiro semestre do PEAD estava imersa em um mundo ainda estranho. Uma faculdade a distância estava à minha frente e eu não sabia se ia me adaptar a essa modalidade. Como entrei no segundo processo seletivo, acabei fazendo algumas interdisciplinas misturadas durante algum tempo. Porém, ao final deste primeiro semestre, com certeza a atividade que mais me marcou foi a construção do “memorial da minha infância” (disponível em:
http://blogdacarina-carininha.blogspot.com/2007/08/blog-post.html). Ao concluir este trabalho eu realmente entendi o que era a interdisciplinaridade dentro do Ensino Superior. Neste memorial, fizemos um aparato da nossa própria infância, e dentro deste relato, consegui perfeitamente encaixar na minha vida os conteúdos que estávamos estudando, que abrangia a entrada da criança na escola, o processo de alfabetização e também a função da escola na sociedade. Através da nossa análise de vida, consegui visualizar perfeitamente que o curso realmente tinha um olhar mais voltado para a realidade de sala de aula.
Dentro deste eixo, além da atividade do memorial, outra atividade que fez com que a visão sobre a escola fosse aprofundada para que posteriormente nos outros eixos pudéssemos esmiuçar o seu funcionamento na interdisciplina de Escola, Cultura e Sociedade . Através de Durkheim, realizamos uma atividade em que escrevi o seguinte pensamento:
“Existiria uma educação ideal? Seria aquela em que moldamos o sujeito de maneira em que queremos? Admitir que exista uma educação ideal que ainda não é alcançada, inclui também admitir que os padrões existentes não estão de acordo com o mundo que temos. “Modelar” o indivíduo passa longe de uma educação social eficaz.”
Hoje lendo-o, vejo que o pontapé inicial foi bem dado, e que as indagações que estudamos ao longo do semestre construiu uma base sólida para que compreendêssemos esta instituição como “inacabada” e que o nosso papel não só em sala de aula como professores, mas em sala de aula como alunos no PEAD tem uma importância enorme para que haja a transformação que tanto desejamos.
“A educação não se limita a desenvolver um organismo, no sentido indicado pela natureza, ou tornar tangíveis os germes, ainda não revê embora à procura de oportunidade para isso. Ela cria no homem um ser novo.” (DURKHEIM, Émile.
A educação como processo socializador: função homogeneizadora e função diferenciadora In PEREIRA, LUIZ e FORACHI, Marialice. Educação e sociedade: leituras de sociologia da educação. 8. ed. São Paulo: Nacional, 1977).
Compreendemos desde então a importância de reformulação da Educação que temos, e que ela só será possível, se nós mesmos assumirmos o papel de mediadores dessa “revolução silenciosa” desde os pequenos atos em nossa sala de aula
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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Como o lúdico na Educação Infantil contribui para o processo de alfabetização?

Neste ano, tive a oportunidade de conviver de perto com as crianças de educação infantil e percebi o quanto é importante que o professor desde esta fase seja um estimulador do processo de letramento e alfabetização.
As crianças já chegam na escola sedentas de aprender além daquilo que já estão acostumadas a fazer em casa (pintar, recortar, desenhar...). Porém, uma discussão muito grande tem sido alvo de algumas complicações neste sentido, visto que o Ensino Fundamental agora está estruturado em 9 anos, fazendo com que muitos acreditem que o processo de alfabetização só deve ser levado realmente à efetividade, no segundo ano. E o que fazer com aquelas crianças que estão loucas para aprender a ler e escrever desde pequeninhas na Educação Infantil?
Meu trabalho gira em torno desta discussão, tendo como linhas centrais a importância do início da estimulação à alfabetização/letramento desde a entrada na escola, independente do nível, através da utilização do lúdico e da construção significativa da escrita do nome para conhecimento do sistema de escrita e demais letras do alfabeto.
Ainda tenho muito pano pra manga...

Tcc, Redefinições...

Este semestre está sendo bem complicado para mim. Desde muito tempo vinha manifestando meu desejo de fazer o Trabalho de Conclusão do Curso relacionado ao estresse do professor. Porém, depois que iniciou o semestre, meu orientador sugeriu que trocasse o tema, alegando que este trabalho estaria mais ligado à área da psicologia. Desde então, vim defendendo minha idéia, argumentando e tentando fazer com que o meu projeto inicial pudesse ser colocado em prática. Infelizmente não deu certo. Meu esforço foi “em vão”. Tive que trocar o tema, e nessa troca, perdi muito tempo. Deixei claro que não achei justo o que aconteceu, já que isso já tinha sido explicitado em outros semestres e eu inclusive já tinha iniciado alguns “esboços” justificando o projeto. Mas acima de tudo, acredito que nesta vida, nada é por acaso! Tudo é aprendizado e resolvi erguer a cabeça a mudar os ares. A alfabetização sempre foi uma grande paixão, então resolvi tecer algo a partir dela, a partir das experiências que estou tendo na Educação Infantil neste ano. O problema, é que muito tempo se passou nesta argumentação/contra-argumentação, e eu sei que meu trabalho está sendo prejudicado por isso, primeiro por todo o transtorno “psicológico” de estar preparando algo há semestres, sendo sempre apoiada e receber um “banho de água fria” agora no final, segundo pelo tempo ao qual disponho. Também sei que sou uma guerreira e não desisto em qualquer problema que aparece! Por isso, estou de mangas arregaçadas para trabalhar firme para ser aprovada com distinção neste trabalho de conclusão! Fica aqui o meu desabafo...