terça-feira, 26 de outubro de 2010

Relembrando o Eixo II


O mais correto em relação ao eixo II seria eu contemplar a interdisciplina de Alfabetização e letramento. Porém, como em todo o meu trabalho de conclusão estarei fazendo referência a ela, destaco neste segundo eixo algumas aprendizagens voltadas para as teorias psicológicas. Estudamos sobre Gestalt, Behaviorismo e Sócio-interacionismo. Durante este estudo, debruçamo-nos mais acerca do Sócio-interacionismo, baseado nas teorias de Vygotsky. Em uma das atividades da intersisciplina fomos desafiados a responder três questões, sem previamente ler os textos indicados: “O que é, para você, o conhecimento? Para você, como ocorre a aprendizagem? Cosiderando suas respostas anteriores, como deveria ser, na sua opinião, ensino na escola?” Ao ler a minha reflexão, fico feliz em saber que desde o início minha idéia sobre aprendizagem estava condizente, ao que hoje sabemos o que realmente se espera sobre “aprender”. Observe o trecho que escrevi:
“O conhecimento está muito ligado às percepções de mundo, àquilo que o indivíduo peneira de todos os estímulos vindos do seu exterior, que agregados ao seu interior formam um conceito, uma coisa significativa. O verdadeiro conhecimento é aquele que perpassa anos e quando se faz necessário, tem aplicabilidade. Cada pessoa conhece aquilo que é assimilado, adaptado às suas estruturas e incorporado em sua vida. O conhecimento deve sempre ter um propósito, um fim, e o método para adquirir esse conhecimento não é padrão. Cada pessoa tem uma forma de compreender o mundo e suas especificidades, e assim adquirir conhecimento sobre ele.”
Depois, ao estudarmos a teoria de Vygotsky, vi que a minha fala estava de acordo com as suas principais questões de discussão:
*Um dos meios privilegiados é a linguagem, que organiza o pensamento.
*Para Vygotsky, a criança nasce numa sociedade organizada e precisa se adaptar a ela, conhecer sua cultura.
*O determinante de evolução psíquica é o trabalho do homem com ajuda de instrumentos. São instrumentos todos os objetos por ele criados, sem esquecer a linguagem, que é o instrumento de mediação por excelência.
*Zona de desenvolvimento proximal, que não pode ser medida, mas sim estimulada.

Vemos então, que no segundo eixo, já começamos a dar uma ênfase maior à teoria de como aprender, indo além daquele diagnóstico inicial, onde havia a constatação de que era necessário a mudança nas escolas, e assim abrimos um processo minucioso de análise para ver de que forma poderíamos agir concretamente e efetivamente no processo de modificação para a aprendizagem nas estruturas mentais de nossos alunos, provocando a vontade de aprender, e um aprender de forma eficaz, com base teórica sustentável, identificando em nossa sala de aula onde isso já é evidente, e onde poderíamos aprimorar aquilo que já vinha sido trabalhado! Esta retomada e análise de prática pedagógica em sala de aula, foi tornando-se constante durante o passar dos eixos em nosso curso, tornando-o um curso extremamente voltado para a prática de sala de aula, contemplando assim seus objetivos iniciais e indo além, pois a transformação nas salas das alunas, começou logo no início, como podemos ver.

Um comentário:

Anice - Tutora PEAD disse...

Olá, Carina:

Ao ler a postagem, fiquei impressionada com a maneira coerente que descreves o conhecimento. Já desde ali tinhas um boa noção dos conceitos e do entorno que este envolvia.

Grande abraço, Anice.