segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Relembrando eixo VII


Durante o eixo VI, na interdisciplina de Linguagem e educação, no módulo II, tivemos que pensar sobre a seguinte questão:
Por que a autora (KLEIMAN, 2006) afirma que a escola, sendo a mais importante agência de letramento, não se preocupa com o letramento social e sim apenas com um tipo de letramento, o escolar?
Todo nosso estudo sobre a importância de práticas de letramento social dentro da escola vem ao encontro do meu trabalho de conclusão, que defende a idéia de praticas de letramento e alfabetização na educação infantil através do lúdico.
Para responder esta questão, no primeiro parágrafo que escrevi sobre o assunto ressaltei a importância da formação social da escola como base para esta prática:
"A escola que temos hoje é fruto da organização de uma sociedade em que a via como um ponto de reforço de uma educação sólida, que servia para ensinar o certo e punir o errado perante a sociedade. Talvez aí esteja a dificuldade em relação à quebra de estruturas tão sólidas no contexto escolar. Se a escola foi moldada para não aceitar abertamente o que o aluno traz como certeza e passar para ele um padrão de educação vindo “de cima pra baixo” sem muitos questionamentos, não é muito difícil compreender a dificuldade que temos hoje de incorporar elementos do dia-a-dia do aluno para dentro da sala de aula."

Sendo assim, o lúdico vem trazer para a educação infantil a possibilidade de que as crianças consigam enxergar a aquisição da leitura e da escrita com algo que realmente faz parte de seu cotidiano e faz um gancho para que nas próximas séries, os professores também enxerguem esta construção de forma mais crítica, fazendo com que o entrosamento: escola/ sociedade cotidiana, seja cada vez mais efetivo. A autora coloca:

“O fenômeno do letramento, então, extrapola o mun­do da escrita tal qual ele é concebido pelas instituições que se encarregam de introduzir formalmente os sujeitos no mundo da escrita. Pode-se afirmar que a escola, a mais importante das agências de letramento, preocupa-se, não com o letramento, prática social, mas com apenas um tipo de prática de letramento, a alfabetização, o processo de aquisição de códigos (alfabético, numérico), processo ge­ralmente concebido em termos de uma competência indi­vidual necessária para o sucesso e promoção na escola. Já outras agências de letramento, como a família, a igreja, a rua como lugar de trabalho, mostram orientações de le­tramento muito diferentes.”

Podemos entender, que a escola procupa-se pouco com o letramento social, que é o que realmente interessa para o aluno. As práticas de alfabetização dissociadas do seu mundo, por vezes pode não ser eficaz para que o aluno consiga alfabetizar-se de forma sólida. Trazer para a sala de aula a leitura do seu mundo e fazer com que os elementos econtrados nele sejam analisados em foc crítico e minucioso faz com que o aluno compreenda o real sentido de aprender a ler e escrever, evitando assim, o grande problema de os alunos verem a escola como “um bicho papão”. Inciar práticas de letramento social e efetivo na Educação Infantil pode ser a chave para o sucesso.

Um comentário:

Anice - Tutora PEAD disse...

Olá, Carina:

Concordo também que pode ser a chave para o sucesso.

Essa questão do quanto deve haver sentido ao aluno os conteúdos vistos muito já foi discutida revelando que a solução deve consistir nesse ponto.

Grande abraço, Anice.