segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Relembrando o eixo VI

Desenvolvimento moral
Durante o eixo VI, estudamos na interdisciplina de “desenvolvimento e aprendizagem pelo enfoque da Psicologia II” sobre a construção da autonomia e da heteronomia do ser e o quanto este assunto é relevante para quem está em sala de aula, visto que liga-se diretamente com a convivência diária entre os seres humanos. Em uma das atividades propostas, falei sobre como é difícil lidar com conflitos morais em sala de aula, inclusive exemplifiquei alguns casos que aconteceram comigo, que infelizmente são comuns a qualquer cotidiano escolar. Segue uma passagem sobre a atividade desenvolvida:

“O pensamento moral autônomo permite que a pessoa reaja a partir de uma norma, mas tendo consciência para avaliar seu contexto” .Este caminho só será conseguido através de trabalhos realmente palpáveis com os alunos, em que eles possam ir passando de heteronomia para uma autonomia segura, vendo no professor uma pessoa que pode auxiliar neste processo, com base no respeito e no “amor exigente” (Professor Celmiro prega este amor com base na frase: eu te amo, por isso eu te digo que você não pode fazer isso, pelo seu bem).“A autoridade do professor é inerente a sua função e necessária ao ato pedagógico. O prestígio ou a autoridade está presente na relação professor-aluno, e, para que seja possibilitado o desenvolvimento da autonomia moral, o professor precisa fazer com que a criança sinta-se participante ativa na organização das regras e nas decisões da sala de aula. Ela precisa ser solicitada para trabalhar em grupo (ARAÚJO, 1996).”

Hoje, lendo isso, vejo com atualmente, com o trabalho na educação infantil, faz-se cada vez mais necessária essa construção! Defendo em meu trabalho de conclusão que a educação infantil deve ser um espaço que propicie que os alunos já desenvolvam práticas de letramento e alfabetização, e estou certa de que este tipo de trabalho favorece os alunos no sentido de construir estruturas que favoreçam a construção de uma autonomia e de uma visão de escola e de sociedade a qual o indivíduo faz parte e precisa exercer as suas potencialidades para que haja desenvolvimento produtivo e eficaz. A partir do momento em que a criança integra-se na escola de forma significativa e já adquire o domínio da leitura e da escrita, a possibilidade de que ela crie uma visão mais sólida da importância de sua vida é maior. Sendo iniciado já na Educação Infantil o trabalho de entrosamento da criança no mundo letrado, a visão de mundo e de escola construída por ela é capaz de favorecer um desenvolvimento saudável da mesma dentro do ambiente escolar. Sendo assim, incorporar a criança no mundo letrado cada vez mais cedo pode ser a chave para que os nossos futuros adolescentes encarem a escola com outros olhos, e conseqüentemente, com outras atitudes e posturas.

Um comentário:

Anice - Tutora PEAD disse...

Olá, Carina:

Lendo tua postagem, lembrei de textos que li ligados a psicanálise em que consta que a criança renuncia por amor. Para seguir sendo amada, a criança deixa de usar a fralda, obedece as exigências, larga o bico e é assim que vai se formando a lei interna. É pelo externo que ela se constrói e é pelo amor que o indivíduo abdica.

Grande abraço, Anice.